terça-feira, 27 de junho de 2017

Roteiro de 4 dias pela Escócia: Edimburgo, Highlands e Isle of Skye

Castelos, Highlands, homens de saia (as famosas Kilts), paisagens estonteantes, as gaitas de fole, o monstro do Lago Ness, a terra de onde surgiu Harry Potter. A Escócia é, sem dúvidas, um país único e repleto de estigmas e encantos únicos. Visita-la foi a concretização de um sonho antigo. 

A Escócia é o país mais a norte da Grã-Bretanha, que também é composta pela Inglaterra e o País de Gales. 

Apesar de possuir mais cinco milhões de habitantes, estima-se que cerca de 70% dos habitantes estejam nas planícies entre Glasgow e a capital, Edimburgo. 

Tivemos 4 dias inteiros no feriado de Páscoa para aproveitar esse pequeno país que tanto tem a oferecer. Já começo adiantando que quatro dias não são o período suficiente para conhecer toda a Escócia. Nosso roteiro foi bastante puxado, acordando cedo todos os dias e indo dormir quase meia-noite. 

Chegamos de avião, saindo do aeroporto de Stanted em Londres (bem longe do centro) num vôo direto da low-cost Ryanair. Justamente pelo pouco tempo focamos nosso passeio em Edimburgo, Highlands com Lago Ness e a Ilha de Skye. Para conseguir adequar tudo (ou quase tudo) o que queríamos ver, foi necessário alugar um carro logo no aeroporto de Edimburgo. Não foi necessário carteira de habilitação internacional, apenas passaporte e carteira do Brasil. 

Resumidamente, nosso roteiro ficou assim:




  • Dia 1 - EDIMBURGO
Chegamos em Edimburgo já à noite e apenas rodamos um pouco pela cidade para ver o castelo iluminado.



  • Dia 2 - EDIMBURGO 
Passamos o dia inteiro na cidade mais mal-assombrada da Europa. Visitando o castelo de Edimburgo, o cemitério de Greyfrias, a Royal Mile, os jardins da rua da princesa, a câmara obscura e muito mais.


  • Dia 3 - HIGHLANDS 
Pegamos o carro bem cedo no aeroporto e seguimos direto para Inverness, porta de entrada para o Lago Ness. No caminho, várias paisagens das Highlands. Terminamos o dia em Broadford, na Ilha de Skye.


  • Dia 4 - ISLE OF SKYE 
O dia foi inteiro dedicado à Ilha de Skye, onde conhecemos o Kilt Rock, a cidade de Portree, The Old Man of Storr, castelo de Dunvegan e dormimos em Fort William.



  • Dia 5 - FORT WILLIAM 
Passamos pelo viaduto de Glenfinnan e o castelo de Stirling. Terminamos o dia em Edimburgo, de onde pegamos o vôo de volta à Londres. 


















quinta-feira, 15 de junho de 2017

Chá da tarde no hotel Ritz: vale a pena ?

Por mais que já tenha ido outras sete vezes em Londres, eu nunca tinha tomado um chá da tarde num hotel tradicional da cidade #vergonha então desta vez meus amigos e eu já reservamos uma tarde/noite para esta experiência. 

Depois de ter pesquisado muito na internet acabei escolhendo o óbvio e o primeiro hotel que eu penso quando lembro de Londres: o Ritz. 

O hotel tem uma localização privilegiada. Em frente à estação de Green Park, pertinho do parque de mesmo nome e da Piccadilly Circus. Foi ali que foi filmado "Um lugar chamado Notting Hill". 



Fizemos a reserva pelo próprio site do hotel, com cerca de um mês de antecedência. Não foram necessários quaisquer pagamentos adiantados. Apenas a quantidade de pessoas e dados pessoais de quem fez a reserva. 

O chá funciona por horários. Quando fomos (no mês de Abril) tínhamos 4 opções disponíveis: 13h, 15h, 17h ou 19:30h. Como estava em Londres à trabalho, acabei optando pelo de 19:30h pois assim daria tempo de trabalhar e no fim do dia ir direto pro Ritz. Recomenda-se estar lá uns trinta minutos antes. 

Os horários servem para melhor organização e também separação dos grupos. Cada chá comprado tem um tempo de uma hora e meia. 

Uma coisa que li muito e que muita gente se preocupa é com o traje. Realmente, se você pretende tomar um chá no hotel, recomendo que leve uma roupa mais arrumada para este evento na mala. 



Para começar, jeans são proibidos. Para as mulheres, recomenda-se vestido ou tailleur com sapatos de salto. Já os homens, devem estar de blusa social e paletó, não apenas para chegar no hotel mas durante todo o chá. Vi um homem ser chamado a atenção por ter tirado o paletó lá dentro. É bastante comum que os homens estejam de gravata (meu amigo inclusive foi)

Para quem for no frio, há um guardador de casacos bem na entrada do hotel. 

O ambiente é incrível, um pedacinho do mundo de luxo e sofisticação do Ritz para nós, pobres mortais. Há música ao vivo com violinos e uma decoração impecável. 



Os preços não são baratos, mas podem ser menores que você esperava. Mais informações no site oficial

Logo quando chegamos, o garçom já foi nos chamando pelo nome e nos levou até nossa mesa. Nos perguntou primeiramente se tinha algo que não gostávamos ou a que éramos alérgicos. Ali já recebemos um menu de chás. Acabei optando pelo bom e velho "Traditional English Breakfast", mas tinha várias opções, incluindo chá de chocolate com menta. Para quem não goste de chá #comoalguemnaogostadechá foi oferecido chocolate quente. 





O chá era constantemente reposto. Confesso que bebi umas quatro canecas. Eu AMO chá!
Ps.: óbvio que cada um bebe seu chá do jeito que quiser, mas por favor, tente não "estragar" o chá enchendo de açúcar e mel. Experimente o chá inglês com leite (eu acho uns dois dedos perfeito) e bem quente. 

Assim que escolhemos os chás, vieram os mini sanduíches frios dos mais variados sabores, incluindo salmão, vegetariano, frango, milho. Estavam ótimos. 






Mais coisas chegaram, com pãezinhos doces com passas, doces com símbolos exclusivos do hotel e depois bolos. 






Estava tudo delicioso. Um chá da tarde no Ritz é uma experiência incrível e só tenho boas recordações. Ali mesmo na mesa fizemos um "pacto" de sempre tomar um chá da tarde quando voltarmos à Londres haha 





segunda-feira, 12 de junho de 2017

Welcome to Downton Abbey : visitando o castelo cenário da série em Newbury

Uma série inglesa com uma proposta simples e tradicional: retratar a vida de uma família aristocrata inglesa, os Crawley, no início do século XX. A série, que estreou em setembro de 2010, tornou-se um sucesso quase imediato, chegando ao livro dos recordes. 

Eu adoro Downton Abbey. Acho a série incrível, cativante, muito bem escrita e com um figurino e fotografia maravilhosos. Se você ainda não assistiu, todas as temporadas estão disponíveis no Netflix. 



É fato que a série todo mundo conhece, mas o que pouca gente sabe é que grande parte dos cenários de Downton são reais. Infelizmente não consegui conhecer a vila que ambienta uma cidade fictícia em Yorkshire. 

A mansão da família Crawley é nada mais, nada menos que o castelo Highclere, localizado em Newbury. E não em Yorkshire, como retratado na série. 


COMO CHEGAR 

O castelo se situa a cerca de 100 quilômetros do centro de Londres. É possível chegar de transporte público ou de carro. 

Aqueles que optam pelo carro (como eu), devem seguir pela estrada M4 até West Berkshire, de onde deveram pegar a saída 13 e depois a A34 em direção aos castelo. Há estacionamento gratuito no local. 

Para quem utiliza o transporte público, basta pegar um trem em Paddington até Newbury e, de lá, um táxi até a propriedade 

INGRESSOS 

O castelo é uma propriedade privada, então a visitação depende das férias dos proprietários. Normalmente, o castelo abre para visitas entre Abril e Maio, assim como em Setembro. Porém, para maiores informações sobre horários e épocas para visitação, consulte o site oficial

Os ingressos deverão ser comprados cm antecedência. Fui em 09 de Abril deste ano e comprei os ingressos no início de Março. Para compras, clique aqui

Obs.: Em todos os sites que li, falava-se que não eram vendidos ingressos no local, mas não foi isso que eu vi. Fui com dois amigos porém um deles fechou a viagem de última hora então não conseguiu ingressos no site e resolveu arriscar. Quando chegamos, ele facilmente comprou o ingresso para visita do castelo e jardins por cerca de duas libras a mais que no site. Não sei se isso é frequente, mas foi bem fácil. Então, se você realmente é fã da série e não conseguiu os ingressos online, talvez seja bom avaliar ir até lá e arriscar. Óbvio que nos períodos em que o castelo é aberto à visitação.

Fila simpática para entrar


Há três tipos de ingressos. Um deles permite a visita apenas dos jardins, outro dos jardins e castelo e o terceiro, inclui também uma exposição do Egito antigo. 

Optei pelo ingresso dos jardins e castelo. A visita é livre e você faz seu tempo. Levei pouco menos de três horas para ver tudo, sem pressa. Mas se, pudesse, teria ficado mais tempo para um piquenique nos jardins. 

A VISITA

É impossível não vibrar e não se emocionar ao avistar a propriedade já logo no estacionamento. Parece ridículo falar isso, mas é exatamente igual à série. Me senti dentro da abertura de Downton Abbey. 





Fotos no interior do palácio são proibidas acheiumabsurdo mas logo na entrada já conseguimos ver o salão principal, a biblioteca do Sr. Crawley, o quarto de Lady Sybil e de Cora, a cozinha, tudo muito parecido com a série. 



O legal é que vários painéis são colocados com fotos da série nos principais cômodos da casa. 


A biblioteca é um dos cômodos mais bonitos do castelo. Desenhado por Sir. Thomas Allow, o local abriga mais de cinco mil livros. 

Os jardins são um capítulo à parte. Datam do século XII. Há lanchonete, muito espaço livre e até um "jardim secreto". Poderia ter passado a tarde ali. 





Os visitantes com dificuldade de locomoção podem visitar a maior parte da propriedade, incluindo a lanchonete, os jardins e todo o primeiro andar do castelo. Não há elevadores, então o acesso até o segundo andar (onde está a maioria dos quartos) por ser dificultado. 


A VERDADEIRA HISTÓRIA DE HIGHCLERE CASTLE 

Na vida real, a história dos Crawley se assemelha, de um certo modo, com a dos Carnarvon, verdadeiros proprietários de Highclere. 

A construção do palácio iniciou em 1600 mas foi no século XIX que o local adquiriu a beleza e grandiosidade que podemos ver atualmente. 

Assim como no seriado, a propriedade serviu como hospital durante a primeira guerra mundial e como abrigo para crianças durante a segunda grande guerra. 

Atual família Carnarvon - Fonte



domingo, 4 de junho de 2017

Voltando à Salisbury e Stonehenge dez anos depois ...

Dezesseis de Julho de 2007. Este foi o dia em que finalmente cheguei em Salisbury. Já comentei aqui antes que foi nesta época que fiz meu intercâmbio de inglês nesta cidade e amei tudo.

Exatamente dez anos depois, voltei para passar mais um mês estudando na Inglaterra. Desta vez fiquei em Londres, mas tinha os fins de semana livres para viajar. Minha amiga queria conhecer Stonehenge desde o início Eu já tinha ido em 2007 mas nunca mais voltei e soube que o local tinha mudado muito. Como também queria conhecer o Highclere Castle, essa foi a oportunidade perfeita e topei na hora. 

Em resumo, saímos de Londres num domingo as 7:30h da manhã e só voltamos à noite. Passamos pelo Highclere Castle (onde foi filmado Downton Abbey), Stonehenge e Salisbury. 


STONEHENGE 

Em 2007 Stonehenge era um aglomerado de pedras circulares dispostas no meio de campo de grama verde, numa área rural da Inglaterra. A infraestrutura é mínima. Me lembro de uma placa preta escrito "Welcome to Stonehenge", umas poucas lojinhas (onde almocei um fast-food qualquer) e só. Óbvio que nada disso diminuiu a sensação de estar em Stonehenge, nem a beleza e misticismo do lugar.

Até a placa mudou haha



Mas hoje em dia está (quase) tudo diferente.

  • INGRESSOS
Para garantir sua visita, é necessário comprar um ingresso antecipadamente pela internet neste site. Adultos pagam 16.50 libras e crianças de até 15 anos 10 libras. Estudantes (mesmo com carteira do Brasil) tem desconto. Os ingressos são adquiridos com data e hora agendada.


  • COMO CHEGAR 
É perfeitamente possível fazer um bate-e-volta a partir de Londres até Stonehenge. Há diversas cias. de viagem que fazem esta viagem. Outra boa opção é alugar um carro e ir até lá. Há estacionamento disponível no local. Desta vez fui de carro e achei bem tranquilo. 

Porém, para quem estiver em Londres, a melhor maneira é usar o transporte público. Para isto, basta ir de trem até a cidade de Salisbury (os trens normalmente saem de Waterloo e o percurso leva pouco mais de uma hora) e de lá pegar um ônibus até Stonehenge. Este segundo trajeto dura cerca de quinze minutos. 


  • TEMPO PARA VISITA 
A visita é livre, mas honestamente não necessita de muitas horas. Separe entre uma e duas horas para a visita, incluindo o pequeno museu e as pedras.

Dica: use o tempo de sobra para passear em Salisbury (distante cerca de 12km). A cidade medieval é muito bem preservada, possui uma das mais antigas, maiores e lindas catedrais da Europa e é cercada de história. 



  • O QUE FAZER EM STONEHENGE 
Atualmente, a infra estrutura de Stonehenge conta com um restaurante, uma loja de souvenires e um pequeno museu contando a história do local. 




As apresentações do museu são bem legais para entender um pouco sobre a história de Stonehenge. 




Depois, fomos de ônibus até as pedras. Não há muito o que fazer por lá, exceto admirar o monumento e tirar muitas fotos.  





SALISBURY 

Me revolta muito quando leio postagens na internet sobre Stonehenge e vejo que a grande maioria das pessoas apenas menciona Salisbury, principalmente como "cidade fofa de parada do trem para quem vem de Londres". Óbvio que eu entendo, afinal muita gente tem tempo restrito e o protagonista da região é realmente Stonehenge. Além disso, eu também já deixei de visitar várias cidades que valiam a pena por conta de tempo. 

Mas eu tenho um carinho muito grande por Salisbury. Como já falei antes, morei lá por um curto período e tenho muita saudade. Este ano meu intercâmbio completou dez anos e deixar de voltar à Salisbury não era uma opção. 


A visita foi muito corrida. Na verdade, cheguei em Salisbury mais de 15h e saí umas 3h depois, foi apenas para matar a saudade mesmo. Nestes posts aqui eu explico com detalhes sobre roteiros em Salisbury, tanto no verão quando no inverno.



Começamos almoçando no já clássico Pizza Hut da Blue Boar Row e depois seguimos à pé  pela Main Street até a Catedral da cidade. 





Como eu amo essa Catedral. Realmente merece uma visita.

Andamos bastante pelas praças e rios da cidade.








Depois, pude revisitar a St. Martins School (onde eu estudei), o campus do Godlphin, a boate onde íamos e ainda a casa onde fiquei.Foi realmente encantador por retornar dez anos depois.