segunda-feira, 29 de maio de 2017

Jack, o estripador - história e walking tour

HISTÓRIA DO JACK, O ESTRIPADOR 

Londres, 1888. Um cenário de pobreza tomava conta da região Leste da cidade, atualmente conhecida como "East end". Alguns anos antes, a cidade havia recebido milhares de imigrantes judeus e irlandeses. Protestos por comida, empregos e melhores condições de vida era comuns na região. 

Em outubro de 1888 a polícia metropolitana estimou que haviam cerca de 1.200 mulheres trabalhando como "prostitutas", vivendo em condições sócio-económicas "muito baixas" e ocupando os cerca de 62 bordeis funcionastes na região. Neste cenário caótico, ocorreram cinco assassinatos no bairro de Whitechapel, atribuídos ao misterioso assassino intitulado Jack, o estripador.

Na época, as investigações ainda eram rudimentares. Não havia impressões digitais, muito menos análise de DNA. Haviam duas "polícias" na cidade de Londres. Uma era a "City of London Police" (polícia da city of London) e a outra, a "Metropolitan Police" (polícia metropolitana, com sede na Scotland Yard), responsável pela Grande Londres.

No dia 31 de Agosto de 1888 a polícia metropolitana de Londres atendeu ao chamado que, infelizmente, seria o primeiro de muitos. As 3:40h da manhã daquele dia, em frente a Durward Street, foi descoberto um corpo de uma mulher de 43 anos. Tratava-se de Mary Ann Nichols, ex-empregada doméstica e mãe de cinco filhos.  havia sofrido dois cortes profundos em sua garganta, além de lesões extensas em abdome. 

Durward St., na época dos assassinatos Fonte

Pouco mais de uma semana após o primeiro assassinato, a polícia foi chamada novamente. Desta vez, em 8 de Setembro, o assassino atacou em Hanbury Street, onde foi encontrado o corpo de Annie Chapman, sua segunda vítima. Assim como Mary Ann, ela também apresentava cortes na garganta e, além disso, seu abdome estava completamente exposto e o útero ausente.

Conforme os assassinatos iam ganhando espaço na mídia, mais a polícia interrogava suspeitos e recebia cartas, porém, a grande maioria era considerada inútil e até mesmo falsa. Em 29 de Setembro, entretanto, a primeira carta "verídica" (embora ainda hoje haja controvérsias) foi recebida pela polícia. Ela citava pela primeira vez o nome "Jack, o estripador" e falava em "arrancar orelhas". 

Em 30 de Setembro do mesmo ano, ocorreram mais dois assassinatos, referido pela mídia britânica como "The Double Event". 

O corpo de Elizabeth Stride, natural da Suíça, fora achado na antiga Berner Street (atual Henriques Street). Diferente dos anteriores, ela não apresentava lesões abdominais. Porém, havia um extenso corte no pescoço, que se estendia até a mandíbula, bilateralmente.

O quarto assassinato foi de Catherine Eddowes, encontrada na Mitre Square, na área da City of London. Havia lesões na garganta e também no abdome além da ausência do rim esquerdo e útero. Havia também um ferimento em uma de suas orelhas, o que foi incitado na carta recebida um dia antes e assinada por "Jack, o estripador". Neste momento, a polícia da City of London foi incorporada à investigação. 

Mitre Square 




Um avental ensanguentado, provavelmente pertencente à Eddowes, foi encontrado na rua Goulston, em frente à uma pichação "The Juwes are the men That Will not be Blamed for nothing”, que deixou dúvidas quanto à seu significado.

Goulston Street, onde foi achado o avental


Em 15 de Outubro, a polícia recebeu mais uma carta considerada "verídica". Desta vez, ela continha parte de um rim humano. 

Em 9 de Novembro de 1888, o último e mais chocante assassinato. A vítima foi a irlandesa Mary Jane Kelly, encontrada na cama de sua casa em Dorset Street (hoje em frente ao estacionamento White Row e a Artillery In). Ela havia sido mutilada, com corte que se extendia da garganta até a coluna, o coração havia sido retirado e vários órgãos abdominais exteriorizados na cena do crime.

Foto péssima, do local onde foi o apartamento de Mary Jane


Estima-se que cerca de onze assassinatos ocorreram entre os anos de 1888 e 1889 envolvendo mulheres na região Leste de Londres. Dos onze, cinco foram atribuídos ao misterioso assassino Jack, o estripador. Tal atribuição ocorreu devido ao modus operandi e a crescente violência dos ataques, com exceção de Elizabeth Stride, cujo ataque estima-se ter sido incompleto.

Ao longo dos anos, vários suspeitos foram interrogados. Há rumores de que Jack possa ter sido um judeu proveniente da Polônia, invenção de jornalistas, maçom, médico ou até mesmo alguém na família real. Infelizmente, há mais incertezas que fatos sobre a história, e principalmente identidade, de Jack, que permanece em total mistério até os dias de hoje.


JACK, O ESTRIPADOR - WALKING TOUR 


"Por que centenas de pessoas fazem do tour uma programação turística em Londres? Seria pela história ou pela intensa curiosidade acerca dos assassinatos? Reflitam" 

Foi com esta pergunta que nossa guia iniciou o passeio, após breves explicações. Realmente, pode (e é) estranho fazer um passeio com a temática de assassinatos brutais. A verdade é que todo mundo ainda quer ver os cenários do Jack e saber quem é Jack. O mistério intriga muita gente, apesar do passado sangrento da região. 

Fiz o tour numa sexta-feira de Abril e foi perfeito. O local marcado para encontro foi na estação de Tower Hill (onde fica a Tower of London), as 19:30h. 

ATENÇÃO: há diversos "tours" sobre o Jack, o estripador e em diferentes locais e horários. Você pode escolher o que preferir (há, inclusive, alguns em português) mas um dos mais famosos (e o que eu fiz) é o da empresa "London Walks". O guia fica aguardando bem em frente à saída principal da estação de metrô Tower Hill, de cara para uma carrocinha de bebidas/comidas. 

Um dos guias do passeio é Donald Rumbelow, autor do livro "The Complete Jack the rippler" e quem ensaiou Johny Deep para o filme "Do Inferno". Ele faz o tour aos domingos, segundas, terças e sextas alternadas. Mas seus horários podem mudar sem aviso prévio.

Para mais informações, acesse o site oficial do London Walks. 

Ceguei pouco antes das 19h e fiquei procurando as placas do tour. Logo uns dois caras vieram me oferecer tours, mas nenhum deles era da London Walks. Pouco depois encontrei o tour que queria.

O tour custa 8 libras para estudantes e 10 para adultos. Basta avisar ao guia e pagar na hora. 

Nosso grupo era grande, com cerca de 40 pessoas. Havia dois guias e cada um ficou com metade do grupo. Nossa guia foi uma senhora loira bem simpática, infelizmente não me lembro o nome dela mas adorei suas explicações e a forma como conduziu o passeio. 

O tour dura cerca de uma hora e meia e passa pelos principais pontos referentes à história do Jack. Abaixo, um mapa com os principais pontos dos assassinatos. 


No início, ela nos levou até os resquícios do muro de Londres e começou breves explicações. Depois, foi anoitecendo a finalmente entramos na área dos assassinatos. Achei o horário ideal, pois o escurecer cria um clima mais sombrio ao tour. 

A primeira vez em que realmente me interessei pela história do Jack foi durante uma explicação de um guia quando estava passeando em Londres com meus pais, pela primeira vez. Nem foi em Whitechapel nem nada, mas ele tanto no Jack que depois li o livro e vi vários filmes e, mesmo assim, a guia nos contou vários rumores e detalhes que nunca tinha ouvido falar.

O passeio terminou no Spitafields Market, em frente à estação de Liverpool. Achei super legal, valeu cada centavo. 












terça-feira, 16 de maio de 2017

Roteiro bate-e-volta de Londres a Stratford-upon-Avon, a cidade de William Shakespeare

Stratford-upon-Avon é uma cidadezinha de pouco mais de vinte mil habitantes, localizada a cerca de duas horas de Londres, no condado de Warwickshire. Estima-se que a cidade seja uma das mais visitadas de toda a Inglaterra; para se ter uma idéia, cerca de três milhões de turistas a visitam por ano. Mas o que faz uma pequena cidade de nome difícil ser tão famosa? A cidade é linda, é verdade, mas Stratford-upon-Avon deve seu sucesso a um de seus mais famosos moradores: William Shakespeare.




HISTÓRIA DA CIDADE 


Antigamente chamada de Stratford, os primeiros registros da cidade datam do ano de 693, quando a terra foi cedida ao bispo de Worcester, tornando-se domínio feudal. Foi no século XIII que o local estabeleceu-se com comércio, casas, hospedarias e manufatura de produtos. 


A cidade, antes conhecida pelas guildas católicas, assumiu o protestantismo após a ascensão de Elizabeth I ao trono inglês. Em 1561, o conselho governamental da cidade estabeleceu como o responsável pelas finanças locais e sub-prefeito o bem sucedido inglês John Shakespeare, morador da rua Henley (mantida na cidade até os dias de hoje) e pai de um dos mais famosos dramaturgos da literatura inglesa: William Shakespeare 



WILLIAM SHAKESPEARE 


Shakespeare nasceu em Abril de 1564 (provavelmente dia 23, três dias antes de seu batismo)  numa antiga casa medieval na Rua Henley, na pequena cidade de Stratford-upon-Avon. Aos 18 anos casou-se com Anne Hathaway, também moradora da cidade, que na época tinha 26 anos e estava grávida. Com ela teve três filhos: Susanna e os gêmeos Hamlet e Judith. 


Cerca de quatro anos após o matrimonio, Shakespeare mudou-se para Londres, em busca de melhores condições de trabalho. São um tanto escassos os registros destes anos de vida do poeta, com muitas informações não confirmadas. Na capital inglesa, Shakespeare trabalhou como escritor e ator, e chegou a fundar a companhia de teatro "Lord Chamberlain's Men" e em 1599 fundou o Globe Theatre, ao qual hoje foi adicionado seu nome. Retornou à Stratford alguns anos depois, e faleceu na mesma cidade três anos após seu retorno. 


William Shakespeare é atualmente considerado um dos maiores poetas e dramaturgos da história inglesa, com 38 piás, 154 sonetos e dois poemas narrativos. São dele as obras Romeu e Julieta, Hamlet, Otelo, entre outras. 




COMO CHEGAR 


Um dos jeitos mais fáceis e práticos de chegar é de trem. Comprei os tickets para um bate-e-volta de Londres através do site  da malha ferroviária inglesa, que me direcionou para a Virgin Trains, empresa que fez o trajeto. Fiz a reserva para um assento na segunda classe com cerca de 30 dias de antecedência, por um valor total de 11 libras, já com as taxas. 


O trem saiu da estação de Marylebone, em Londres e cerca de 2h depois estava em Stratford. No caminho, entretanto, fiz uma conexão em Leamington Spa.


Dei muita bobeira e acabei chegando seis minutos atrasada na estação e perdi o trem. Tive que comprar a ida na hora por 29 libras, bem mais que o total que tinha pagado antes e minha conexão, que antes era em Dorridge, agora passou a ser em Leamington Spa. Por conta deste incidente, acabei perdendo quase 3h de visita na cidade. 


Há vários tours que saem de Londres até Stratford. Muitos deles incluem Oxford e o castelo de Warwick em um bate-e-volta. Não acho que valha a pena, na minha opinião fica tudo muito corrido e Stratford é uma cidade para se ver com calma. 



ATENÇÃO: há duas estações de trem em Stratford. Uma se chama "Stratford-upon-avon" e a outra "Stratford-upon-avon parkway" . Se possível, opte pela primeira, pois a "parkway" fica mais longe do centro histórico da cidade. 



Pelo caminho ...



Saindo da estação de Stratford, não erro: basta seguir à pé pela Alcester Road até chegar ao centro.



INGRESSOS 


As cinco principais atrações pagas da cidade são a casa onde Shakespeare nasceu (Shakespeare's Birthplace), Nash's House & New Place, Hall's Croft, Anne Hathaway Cottage e Mary Arden's Farm. 


Dentre as atrações gratuitas, temos a Holy Trinity Church e o Shakespeare Theatre. 


Fui direto até o centro de informações turísticas comprar o ingresso combo, para conhecer as atrações. Existem dois tipos principais de ingressos: o Birthplace pass (que inclui 3 das atrações, sendo elas Shakespeare Birthplace, Nash House & New place e Hall's Croft) e o Five Houses Pass, que inclui todas as cinco atrações pagas. Quando fui era bem mais barato comprar um dos passes do que ingressos avulsos, então fique de olho. 


Gostaria muito de ter comprado o de todas as atrações ( a casa de Anne Hathaway era a que mais me chamava a atenção pelas fotos), mas o atraso me tirou muito tempo, então resolvi focar nas atrações no centro. A casa de Anne Hathaway e a fazendo de Mary Arden's ficam bem mais afastadas. 


Paguei cerca de 13 libras (valor para estudante) e fiz tudo à pé. Para aqueles que preferirem, há a opção de um ônibus no estilo sightseeing, que possui paradas nas principais atrações. Vale a pena para quem quer visitar as casas mais distantes. 



ATRAÇÕES 


Incialmente, minha idéia era chegar as 10h e aproveitar um walking tour pela cidade (que perdi por conta do atraso). O que eu tinha visto e gostado bastante era o deste site aqui 





Durante sua visita, você poderá perceber que muitas ruas tem nomes bastante simples, como "Rua da Madeira", isso remete à época medieval, quando os nomes se referiam à venda/produção dos produtos. 



  • SHAKESPEARE'S BIRTHPLACE 
Localizada na Henley Street, a casa onde o poeta nasceu é a primeira para quem vem da estação ferroviária. É também a que achei mais bonita e característica da história do poeta. 






A rua é fechada para pedestres e a antiga e grande casa medieval chama a atenção (na época, era considerada a casa de uma família nobre). 


Uma pequena exposição na entrada 



Podemos ver grande parte da casa de dois andares. Um fato curioso é a presença de vários bercinhos no quarto principal. Me foi explicado que, naquela época, as crianças costumavam dormir no quarto dos pais até uma idade mais avançada. 


Quarto de Shakespeare 


A visita é livre e termina no jardim dos fundos da casa, com uma lojinha de souvenirs, claro! 





  • NASH'S HOUSE & NEW PLACE 
Localizada na rua Chapel, a poucos quarteirões de onde o poeta nasceu, esta é a casa onde ele passou seus últimos dias. 

Shakespeare adquiriu a casa em 1597 e ali permaneceu, com sua família, até sua morte em 1616. Era uma das poucas casas da região com um jardim daquelas dimensões. Após sua morte, a casa ficou de herança para sua primogênita Susanna e, posteriormente, para sua filha Elizabeth (daí o nome "Nash") até ser demolida em 1759 e parcialmente reconstruída posteriormente. 




A casa em si é a mais "sem graça" das três. Não são permitidas fotografias em seu interior, mas apenas alguns painéis e exposições estavam por lá quando fui.

Os jardins, por outro lado, são o ponto alto. Logo na entrada, passamos pelo mesmo portão da época de Shakespeare. 

À esquerda podemos ver o símbolo de seu status na cidade e à direita, o antigo globo, que hoje serve para explicações de guias locais. 




Nos jardins, há poltronas (algumas usadas por Shakespeare), esculturas e flores desenfadamento alinhadas. 


  • HALL'S CROFT 
Bem perto dali, em Old Town, está a terceira casa do circuito, a Hall's Croft, onde sua filha Susanna morou com seu marido, o médico John Hall. 

Susanna e John se casaram em 1607 e tiveram apenas uma filha, Elizabeth, que nasceu um ano após a união. A casa foi construída entre os anos de 1613 e 1614, porém, após a morte de Shakespeare em 1616, o casal se mudou para a New House e a Halls Croft foi vendida aos Smith, uma família local.


Aberta ao público em 4 de abril de 1951, na minha opinião, apesar da casa onde Shakespeare nasceu ser a mais característica de sua história, esta é a casa mais bem conservada e interessante e que realmente parece uma casa. 

No andar térreo, podemos ver o hall de entrada (com o chão feito em pedra, o que era bem caro para a época), a sala de estar (que possui móveis de madeira maciça, outro símbolo da riqueza familiar da época e um quadro representando as refeições ricas em carne da família) e a despensa (onde o dr. John guardava muitas de suas ervas medicinais). O corredor escuro e a cozinha foram estabelecidos posteriormente pelos Smiths, os novos donos da propriedade. 

No segundo andar, encontramos o quarto do casal e o de sua filha, Elizabeth. 

Outra coisa que me chamou bastante atenção durante a visita era os vários ratos de pelúcia amarrados em móveis ou cantos da casa. Fiquei apavorada (morro de medo de ratos) e perguntei ao funcionário que me explicou que se trata apenas de uma brincadeira para crianças, que depois respondem perguntas sobre os locais dos ratos #entãotáné 


  • HOLY TRINITY CHURCH 
Logo após a Hall's Croft, ainda em Old Town, fica a Igreja da Sagrada Trindade, onde William Shakespeare foi batizado e enterrado. 




A Igreja costuma abrir pela manhã e fechar as 17h, então fique atento aos horários.







O túmulo de Shakespeare fica na parte interior da Igreja, junto aos de seus familiares. Caso queira fotografar, deve-se pagar alguns poucos pounds. 


  • SHAKESPEARE THEATRE
Às margens do rio Avon (daí o nome da cidade), está o teatro de Shakespeare, também conhecido como Royal Shakespeare Company, fundado em 1936.




Em frente ao teatro, temos os jardins de Bancroft. Esta é uma região muito característica das cidades interioranas da Inglaterra. Um rio de águas cristalinas com cisnes brancos, ao lado de jardins com turistas e moradores fazendo piqueniques. 











É também ali que ficam estátuas em homenagem ao filho pródigo de Stratford-upon-Avon. 

O passeio foi uma completa imersão na história de Shakespeare, que eu pouco conhecia. Um perfeito bate-e-volta de Londres. 













domingo, 7 de maio de 2017

Como é voar na classe executiva/business da nova LATAM

Muita gente acaba desembolsando valores astronômicos para conseguir viajar para a Europa. Muitos outros sonham em viajar na business class mas acham que isso é "coisa de rico". A verdade é que já está cada vez mais acessível conseguir um assento na executiva. 

Antes de mais nada, é necessário entender que existem três tipos principais de classes num avião. 

A classe econômica, como o próprio nome já sugere, é a que oferece o melhor custo-benefício. É também a classe mais básica, onde as poltronas possuem pouca reclinação, as refeições são mais básicas e o espaço mais limitado. Alguns itens, como tela individual, kit-acessórios, descanso para os pés, espaço entre as poltronas podem variar entre as cias. aéreas. 

De um modo geral, é a classe mais procurada pelos viajantes (devido ao menor preço, obviamente). Há também diferentes subdivisões da classe econômica, como por exemplo econômica básica e econômica plus, que normalmente oferece referições melhores e maior espaço entre as poltronas. 

A classe executiva, também chamada de business, é uma opção intermediária entre a econômica e a primeira classe. Inicialmente, a ideia desta classe é servir ao público que viajava a trabalho, mas com o tempo tornou-se bastante procurada por quem deseja mais conforto sem ter que pagar pelo absurdo alto preço da primeira classe. 

Na business class, normalmente as poltronas são bem mais espaçosas e oferecem inclinação de até 180 graus (flatbed), as refeições mais elaboradas, são oferecidos kit-acessórios, acesso à áreas vip dos aeroportos, além de vantagens no número de malas despachadas, embarque e atendimento. 

A primeira classe é a mais exclusiva do avião. Mas não são todos os aviões que disponibilizam tal classe. Algumas incluem quartos e bares privativos e os preços chegam a 50 mil reais por viagem! 


  • Compra das passagens 
Estava pesquisando a compra de passagens para Londres em Abril deste ano no site da Multiplus (já tinha as milhas necessárias) quando vi uma oferta de passagem na Business class da LATAM e comprei na hora. No total, tirei minha passagem de ida e volta em milhas pela Multiplus. 

Fiz tudo pelo próprio site da Multiplus e só paguei a taxa de embarque.


  • Check-in no Rio de Janeiro 
Sem filas, rápido e fácil. Mas, honestamente, nada muito diferente de quando voo pela econômica. Até aí, nada de especial. 


  • Primeira parte: vôo Rio - São Paulo
A primeira etapa foi feita num Boeing 767 da LATAM. O avião era 90% composto por passageiros em conexão com vôos internacionais. Já havia divisão de classes mesmo neste pequeno trecho. 






A classe executiva era confortável, com poltronas espaçosas na distribuição 2-2-2, totalmente reclináveis e tela de televisão individual. Serviram apenas bebidas comuns durante o trajeto de cerca de 30 minutos. 

  •  Sala VIP em Garulhos 
A Sala VIP ficava no segundo piso do terminal de onde iria sair o vôo para Londres. Bastou apresentar meu cartão de embarque na recepção e fui logo tratada pelo nome e encaminhada até a sala. 


Lá dentro, podemos encontrar revistas e jornais em diferentes idiomas, além de poltronas e sofás confortáveis, bar, banheiros e buffet. 




O buffet era composto por pães, sanduíches, pastas, frios, iogurtes, frutas, bebidas e alguns poucos pratos quentes. 

Os banheiros eram espaçosos. Os boxes amplos com duchas potentes e todo o aparato para banho: sabonetes, shampoo, condicionador, cremes, touca, toalhas, escova de dentes, etc. Adorei




  • Segunda parte: vôo São Paulo - Londres 
O vôo mais longo foi feito num Boeing 777 da LATAM. Logo na entrada, já percebe-se a diferença. Espaço de sobra para a mala de mão, sem precisar brigar para conseguir encaixar a sua no bagageiro mais próximo de seu assento.

As poltronas vermelhas eram espaçosas e em cima de cada uma já havia edredom, travesseiro e um kit de acessórios da Salvatore, com escova de dentes, cremes para rosto e mãos, tapa-olhos, protetores de ouvido anti ruído, pente, etc.

Logo serviram bebidas (com opções de vinho e espumante) e mix de oleaginosas. 

As poltronas tinham luminária individual e ajustável, além de controle para a TV.



A programação inclui vários filmes novos, como La La Land e Moonlight, além de séries e vários filmes clássicos. Havia também disponibilidade de tomadas elétricas e uma entrada USB.



A poltrona não reclinada 180 graus, mas algo bem próximo a isso, não sendo empecilho. Pela primeira vez consegui dormir em um vôo (nunca durmo sentada, não consigo) até meu vizinho derrubar uma taça cheia de vinho em mim. Odeeeeio vinho, mas como o vôo estava cheio e não queria sair da janela aceitei quando a comissária prontamente limpou tudo e forrou a poltrona novamente para mim. 


O jantar foi servido pouco depois de uma hora de vôo. As opções eram pescada com molho de moqueca, sorrentinos com alcachofras ao molho de vinho carne de sol com batatas gratinadas. Sou alérgica à camarão e odeio vinho, então optei pela carne de sol com batatas.



Além do prato principal, foram servidos uma salada, torta de chocolate e uma cesta com alguns tipos de pães foi oferecida. Tudo foi servido de uma só vez, em pratos de louça e copos de vidro. Achei ruim ter sido tudo servido de uma só vez pois o espaço foi bem limitado e atrapalhou na hora da refeição. 


Pouco antes da aterrissagem, serviram o café-da-manha. Novamente servido de uma só vez e o resultado foi ainda pior que no jantar, pois eram mais vasilhas. 

Optei pelo chá, sucrilhos com leite, frutas e pães com frios e geléia chilena. Estava tudo delicioso. Mas honestamente, não vi grandes diferenças para a classe econômica não. Eu gosto de comida de avião #mejulguem 


  • Desembarque 
Além da saída mais rápida e as malas chegarem antes das demais, todo o restante foi igual ao da econômica. Não houve prioridade em fila de imigração nem nada demais. 


  • Conclusões 

No geral, adorei voar de business class e as diferenças da classe econômicas são notáveis! Para mim, as principais vantagens são a poltrona (que deita quase 180 graus), a facilidade em pegar as malas e as vantagens na quantidade/peso das mesmas, sala VIP e no tratamento ao passageiro. 

É bom sempre aproveitar as promoções, milhas e upgrades (meus pais ganharam gratuitamente duas passagens pela British em 2016). Sua classificação nos programas Multiplus e Smiles, além do numero de vezes que voa com a mesma cia. também pontos favoráveis a conseguir business class gastando menos, ou até gratuitamente